Crítica - Superman & Lois (1ª Temporada, 2021)

A grande adaptação do Superman em um longo tempo.

Honestamente, sempre tive muito preconceito com essa série. É uma série da CW, de televisão aberta, e quando ela foi lançada eu já havia largado o Arrowverse de mão há mais de um ano. Sempre gostei muito de "The Flash", de "Arrow" e "Legends of Tomorrow", mas depois da Crise eu não tive vontade de ver mais nada, praticamente todas as séries foram ralo abaixo, Flash mesmo foi uma tristeza, mudou o showrunner e aí teve uma sexta temporada sofrível, não assisti o resto depois, além de três episódios da última temporada. E aí surgiu a notícia de que neste canal decadente teríamos uma série sobre o maior herói de todos, e como na época já estava completamente desesperançoso com tudo que envolvia adaptar DC, não decidi nem dar uma chance, fiquei com o preconceito mesmo. Até que três anos depois eu vejo literalmente todo mundo que é fã do personagem elogiando a série, e recomendando para quem ama o Super também deixar de lado o receio e ir assistir. Confesso que não botava fé, dei play e não deu dez minutos para lágrimas caírem, com uma adaptação praticamente perfeita de um personagem que eu tanto adoro. E esta primeira temporada é uma grande jornada, entre adaptações, desenvolvimento de personagens e criações de conceitos que compõem uma mitologia já riquíssima do herói.

Acompanhamos a jornada de Kal-El, ou Clark Kent, ou melhor ainda: Superman (Tyler Hoechlin), e vemos sua vida casado com a repórter mais famosa dos EUA, Lois Lane (Bitsie Tulloch), enquanto lida com dois filhos gêmeos adolescentes: Jonathan (Jordan Elsass), o carismático, popular e quarterback do time da escola; e Jordan (Alex Garfin), um jovem tímido, esquisito e que sofre com ansiedade social. Quando uma tragédia familiar acontece, Clark e Lois decidem se mudar para Smallville, a cidade em que ele foi criado. Lá, alguns imprevistos acontecem, como a descoberta dos poderes de Jordan, a relação com a família da ex-namorada e melhor amiga de Clark, Lana Lang (Emmanuelle Chriqui), que vive um momento irregular em seu casamento com Kyle (Erik Valdez) e precisa lidar com sua rebelde filha adolescente Sarah (Inde Navarrete), além do domínio suspeito da pequena cidade pelo milionário Morgan Edge (Adam Rayner), que começa a fazer experimentos em pessoas, as dando poderes kryptonianos. A série traz vários personagens dos quadrinhos e da mitologia do Super, como o Jonathan, que recentemente foi até o próprio Superman nos quadrinhos, a Lana, que é uma personagem clássica, e também cria outros, como Jordan, que é uma amálgama de vários filhos que o Super teve ao longo da história, e a família (chata) da Lana.

Hoechlin apareceu inicialmente como uma participação em alguns episódios da segunda temporada de "Supergirl", onde não convenceu a maiorias, ele era bastante zoado inclusive por ser baixinho e franzino comparado aos demais intérpretes do personagem, inclusive eu zoava ele por essa versão CW de baixo orçamento. Julgando pela participação dele pelo Arrowverse, ele não merecia uma série solo, até porque o pessoal tinha muito receio de usar e como usá-lo nas séries, ele tem até boas participações, mas nada que o dê o devido destaque. Porém, meu amigo, ele cala a boca de todo mundo por aqui, que versão incrível que ele cria deste personagem, tem momento que ele é só o Clark, mas isso já basta, porque ele é tão bom que te prende no conceito. Minha maior reclamação com o Superman na última década foram as tentativas exacerbadas e até saturadas de fazer sua versão do mal, sendo em "Injustice" um elseworld muito bem construído. No entanto, com o sucesso, várias versões alternativas e paródias foram ganhando destaque, algumas muito boas, outras nem tanto. E aqui temos o cúmulo do que deveria ser o Superman sendo muito bem trabalhado, pois não adianta colocar o personagem apenas como alguém poderoso, símbolo da esperança e tudo mais se não tem nada a contar, foi exatamente o que houve com Brandon Routh em "Superman: O Retorno" (2006), mas aqui é exatamente o que ele deveria ser em todas as obras dele, ainda complementando com detalhes que agregam à este mundo.

Este Superman é como se fosse a junção de muitos Supermans que funcionam, ele tem um pouco de cada um, mas se sobressaindo como uma versão própria muito boa. A sequência inicial do primeiro episódio é um exemplo perfeito de qual deveria ser a vibe de cada obra do Super, eu já falei, me tirou lágrimas de emoção ao ver um personagem tão grandioso, que foi tão marginalizado por roteiristas, que é tão subvalorizado pelo público jovem de hoje em dia, sendo retratado da maneira que ele merece, e de uma forma que traga toda a essência necessitada para ele. Esse é o meu herói, o cara que salva criança burra, tira gatinho de árvore e ainda ajuda as pessoas de todas as formas possíveis, seja como herói ou como Clark Kent, auxiliando sua família e seus amigos durante a série toda, o cara que é um bom filho, bom marido, bom pai, bom amigo, bom vizinho, bom cidadão e um bom super-herói. Ele é bom por ser bom, às vezes é meio inocente, mas nisso ele acaba trazendo o que é de fato o Clark Kent: um garoto da roça, criado por Jonathan e Martha, que só quer o bem e o melhor para todo mundo, um escoteiro caipira. É isso que queremos ver, não custava nada, DC, essa série mesmo não custa mais do duas latas de guaraná e uma coxinha e é feito para um canal aberto, e mesmo assim dá uma surra no Zack Snyder com seus quase U$200 milhões no cinema.

O próprio Hoeclin disse que a maneira que ele interpreta o Superman vem do fato de que ele entende que é o Clark Kent, e que ele ser um super-herói é o que ele faz, não o que ele é de fato. O Clark e o Super se complementam de tantas formas, ele ainda precisa fingir certas coisas como civil, ter uma certa inocência, mas nada que anule quem ele é, como vemos ele sendo na frente da Lois e de seus filhos. Tem episódio que eu nem me importava de ver ele com o traje, porque ele sendo o Clark já é o bastante para gerar uma baita série do personagem (mas também eu fui criado com "Smallville" onde ele ficou dez temporadas sem aparecer com traje, esse não é o maior dos problemas). Mas, a série não é só dele, porque nossa querida Lois Lane está aqui como co-protagonista. Doze anos atrás, a DC tomou a péssima decisão de canonizar o relacionamento amoroso do Super com a Mulher Maravilha, que foi a pior decisão da história da editora, pois a Lois Lane é uma personagem tão incrível, tão maravilhosa, e o relacionamento dela com o Clark é tão incrível, inspirador, que tirar isso das HQs deixou o herói insuportável, tanto que mataram ele e trouxeram a versão antiga do personagem. Não dá para ter o Superman sem sua Lois, é uma cola, é um quebra-cabeça, é um encaixe tão perfeito e tão necessário que faz parte da essência de quem eles foram criados para ser.

A Lois Lane é uma das personagens mais incríveis que temos na DC, ela não tem poderes, nem influência, nem riqueza, ela é só uma jornalista, mas ela bate de frente, ela nunca fica para trás, ela é desconfiada, inteligente, fala o que pensa, ela é uma personagem que, através de suas inúmeras versões, inspirou uma geração toda de mulheres a se moldarem. Quem a interpreta é Bitsie Tulloch, uma atriz que eu não conheço de nada além desse papel desde "Supergirl", mas que é um encaixe perfeito para a personagem. Cara, aqui é o auge da Lois, em questão de desenvolvimento, de trabalhar a personagem, de background, relações, não tem ninguém que seja melhor que ela, vai ser difícil alguém passar ela no futuro, pois aqui é um trabalho de quem entendeu a essência e acrescentou mais ainda ao papel. Aqui temos essa versão mais velha, que é mãe, que saiu do Planeta Diário, mas que ainda lida com vários dilemas, em especial, a relação conturbada com seu pai, o General Sam Lane (Dylan Walsh), e também com um aborto espontâneo que ocorreu treze anos atrás. A forma como é adaptada esta versão tem tanto do clássico, ela batendo de frente com todo mundo, colocando o dedo na cara, é sensacional, é o que deve ser. Mas em cenas mais dramáticas, cenas envolvendo seus filhos, a relação com Clark, com seu pai e com seu emprego, é maravilhoso.

A atuação da Bitsie Tulloch por si só já é um grande destaque, se diferencia das demais versões da personagem e é praticamente imbatível, ela é muito superior a todas as outras. Melhor que a Amy Adams não existe nem discussão, inclusive esta versão da Amy pode ser considerada um dos piores castings do Snyderverso. A única que bate de frente é a Margot Kidder, mas olha, o desenvolvimento que deram para essa aqui é muito superior. Uma questão que atormenta Lois durante toda a série é sua maternidade, tanto a que ela vive cuidando de seus gêmeos, quanto a que ela não teve quando perdeu sua bebê, essa dualidade dela, de até hoje não ter superado mesmo que não aparente na frente dos outros, nossa, é de uma maestria tão gigantesca, que, cara, tem cenas dela que arrepiam ou dão vontade de derramar uma lágrima. A relação dela com o Jonathan é muito afetada por isso, devido a ele ser o que não tem poderes, ela também, nisso eles criam essa identificação, essa relação, que tem momentos de atuação que essa mulher, sem exagero, poderia estar indicada ao Emmy por esta série, especialmente no episódio 8, que é onde há as cenas na psicóloga e a cena com ela contado para o Jonathan sobre a irmã que ele não teve. É de uma emoção tão grande, tão genuína, tão impactante, que as sensações que causam são que nós estamos vivenciando o ápice de uma adaptação desses personagens.

A história tem um andamento muito bom, cada episódio traz a sensação de um filme, de estar vendo algo cinematográfico mesmo com várias limitações orçamentárias, mas a fotografia, a ambientação e o nível de história compensam isso de maneira sem precedentes. A série começa com um certo mistério, que vai até o sétimo episódio, e posteriormente há um grande plot twist, que é meio óbvio, no entanto, bem trabalhado, que muda o rumo da série na finaleira e fica um troço de maluco nesses episódios finais. A série equilibra bem os dramas pessoais, com os dilemas heróicos e as heranças kryptonianas em uma trama que utiliza de tudo isso ao seu favor, sendo a família o principal plot desta temporada. A família composta pelo casal-título e seus dois filhos, mais o vovô Lane, além da família Cushing, que é a da Lana, e também John Henry Irons (Wolé Parks), que vem de um outro universo de onde ele perdeu a esposa (uma variante da própria Lois) e a filha. Essa adaptação do John Henry é muito bacana, pois eles conseguiram trazer o Aço sem utilizar a história da Morte do Superman, usando o, na época, ainda pouco utilizado conceito de Multiverso (que era padrão nas séries da CW da DC, então não chega a ser uma surpresa), e a forma como trazem ele secretamente, fazendo nós pensarmos que ele é o Lex Luthor ou alguém relacionado ao vilão, para na metade da temporada vir esta reviravolta, é muito bem trabalhado. E ao final, a relação de parceria e confiança que ele e Kal-El desenvolvem também é muito bacana, sem contar o artifício "Iron Man" que usam nele, e a forma como trazem um boníssimo personagem para o live action de forma totalmente diferente, contudo, coesa.

No entanto, falando de boas adaptações, tem certas coisas originais para a série, que aí sim acabam sendo os problemas. Parecia que eu ia dar nota 10 pela forma como venho falando de tudo até agora, não é? Mas não, o que põe para baixo é justamente a família da Lana. A Lana Lang foi o primeiro par romântico do Superman na cronologia, e aqui trazem esta personagem casada com um bombeiro e com uma filha adolescente, se chamando Lana Cushing. A Lana em si é uma personagem incrível, ela tem um quê batalhadora, otimista, que é a vizinha ideal que gosta de todo mundo, e todo mundo gosta dela, ela é como se fosse a presença da Martha Kent na série, é uma vibe bastante parecida, que acaba sendo a ideia na essência. Essa relação dela com o Clark e a Lois é muito boa, especialmente porque não tentam em nenhum momento algum tipo de triângulo amoroso, ela é só a melhor amiga dos dois, e nesse quesito funciona perfeitamente. No entanto, o Kyle, o marido dela, que cara insuportável, desde o primeiro episódio ele é só um maluco que defende cegamente um bilionário e parece até um eleitor de certos políticos por aí, acreditando no cara e quebrando a cara. Ele é meio otário em todos os quesitos, ele não é confiável, é grosso, é burro, parece que colocaram ele na série para encher o saco do espectador, ele é pior que a Iris. Mas pior que ele é só essa filha do casal, que, nossa senhora, dá vontade de torcer para o vilão dar uma de Trem-Bala nela. Primeiro que colocam uma menina que tem claramente uns vinte anos na cara e dizem que ela tem quatorze, o que é nível Malhação, já que essa moça tem um rosto e um corpo que nenhuma menina na idade que colocam ela teria, ela parece uma mãe que acabou de ter neném. Segundo que o papel dela é fazer besteira e enfiar o filho merdeiro do Clark com ela, ela só serve para ser o estereótipo da adolescente chata.

E outro adolescente chato é o próprio filho merdeiro de Lois e Clark, o jovem Jordan, que meu Deus do céu, que vontade de dar um soco na cara desse moleque. Pensa no acúmulo de personagens insuportáveis, coloca aí os elementos mais chatos da cultura pop e bate num liquidificador, que sai essa porcaria desse Jordan. Eu não sei de onde tiraram esse moleque, a série funcionaria perfeitamente se fosse só o Jonathan, que além de ser um personagem existente nos quadrinhos, ainda é bom tanto nas HQs quanto aqui (falo dele daqui a pouquinho), mas enfiam esse moleque desgraçado que só fica chorando e enchendo o saco a série inteira, realmente não tem nada nessa temporada que faça você torcer a favor dele além do entorno familiar do pai, da mãe e do irmão, porque sem isso ele seria um personagem mais detestável que a família da Lana. A atuação do ator Alex Griffin também é bem limitada, mas aí creio não ser culpa dele, e sim do texto que não ajuda o garoto ao não dar nada para ele além de ser profissional em retirar a paciência do espectador. Ele deveria ser o personagem que nós sentimos pena, que é o injustiçado, o subjugado, que fica em segundo plano, colocam um background de depressão e ansiedade social no garoto, mas você na realidade entende porque não ligam para ele: ele é um trouxa que merece ser esquecido mesmo, esse bosta tem é mais que sofrer bullying para aprender a agir igual gente. E ele e a outra chatinha lá da Sarah também não tem química nenhuma, é o casal mais desgraçado que eu já vi numa série, dá vontade de pular quando eles aparecem juntos.

Por outro lado, o Jonathan é muito da hora. Cara, eu não curto tanto assim o Jonathan Kent nos quadrinhos, acho até ele bem funcional como Superboy quando criança, mas ele como adulto sendo o Superman nunca me convenceu. Mas aqui tirando os poderes dele, adaptando como o filho que não herdou os poderes, acaba que deixa ele muito mais legal. Diferente do outro otáriozinho, esse aqui você torce por ele, você cria apreço por ele, torce para que ele consiga uma vaga no time da escola, para que ele fique com a garota bonita (apesar de nos quadrinhos ele cortar para os dois lados, creio eu que isso não será adaptado para evitar polêmicas), ele faz com que você goste dele, o intérprete é muito carismático. A relação dele com os demais membros da família é extremamente bem desenvolvida e de extrema ajuda para esta finalidade. Ele constrói uma boa relação com o Jordan, existe uma preocupação fraterna ali. Com o Clark não é diferente, você sente uma boa relação de pai e filho. Mas a relação dele com a Lois é espetacular, a forma como eles se protegem por serem os que não têm poderes nesta família é algo incrível, como a confiança deles um no outro gera uma lindíssima relação maternal. Uma das melhores cenas da série é quando ele fica preso numa van e está prestes a ser baleado, e a Lois fica gritando no lado de fora desesperada, o impacto e o poder dessa cena, apesar de ter dado tudo certo no final, causa arrepios, é um troço que deixa as emoções à flor-da-pele.

E para um bom andamento, foi necessário um bom vilão, que trata-se de Morgan Edge, ou Tal-Rho, que ao final descobrimos que é o Erradicador. Morgan Edge nos quadrinhos era um cara que trabalhava numa rede televisiva, e depois foi alterado no Reboot para ser um líder da Intergangue, porém, aqui, ele é adaptado como um meio-irmão kryptoniano perdido de Kal-El, chamado Tal-Rho, filho de Zeta-Rho, e isso não existe nos quadrinhos, é uma originalidade da série, que é muito bem feita, pois quando vem o grande plot twist de que o vilão é relacionado ao Superman, acaba que completa um ciclo da série quanto às heranças de Kal, sejam kryptonianas ou terráqueas. Todo o caminhar e mensagem da série é sobre isso, é sobre o protagonista viver essa dualidade, de tentar ser tanto Clark, quanto Kal, quanto Superman, tendo que encontrar o equilíbrio necessário entre estas coisas. Como isso é passado por tabela para Lois e os jovens é outro ponto crucial, já que temos que ver como sua esposa lida com o marido correndo perigos diários e um de seus filhos tendo que lidar com a pressão de ter as mesmas habilidades, enquanto precisa segurar o outro devido a ele ser apenas um humano comum que quer fazer parte da ação, que é destemido e tem ambição de fazer o possível para ajudar sua família. Como Jordan precisa lidar com suas novas façanhas gera ótimos episódios, e no Jonathan acaba dando corda para um bom desenvolvimento e uma relação crível com John Henry, onde ele se fascina por um humano comum com apretechos se arriscar assim como seu pai.

Em questão técnica, bom, é complicado, porque é uma série que claramente tem um orçamento baixíssimo, custou uma coxinha e um refri, mas a série consegue se virar. Eu mesmo acho o figurino do Superman horrível, parece um cosplay, tem uns músculos ali que claramente não são do Tyler Hoechlin, mas a atuação, o contexto e o fato de serem cenas geralmente mais escuras ou então poucos momentos em que ele aparece de fato uniformizado, acabam dando esse ar de que não é tão ruim, porque, de fato, acaba que em algo tão bem escrito e bem trabalhado, uma roupinha se torna o menor dos problemas. A mesma coisa com o traje do Aço, bom, faz sentido ser totalmente diferente dos quadrinhos devido ao backstory do John Henry nesse contexto? Faz, com certeza, mudaram a história dele para alguém que veio de um universo onde o plano do vilão deu certo e ele chega para tentar impedir isso, justificando o porquê do traje dele não ter capa ou o símbolo da Casa de El, por exemplo, os kryptonianos no universo dele não são inspiradores. No entanto, ao mesmo tempo, é um uniforme genérico que parece ter saído de "Halo", é um uniforme militar futurista cinzento e sem graça. Mas, cara, que qualidade absurda de fotografia, de produção, porque os cenários são muito bons e a cinematografia é excelente, é qualidade de cinema mesmo, nem parece uma série de TV aberta, parece que cada episódio soa como um bom filme do Superman.

Encerro me rendendo à "Superman & Lois", cara, que série incrível. Ela agrada os fãs? Demais, é exatamente isso que nós queremos ver, é exatamente isso que o Superman deve ser, tem que ser, porque é essa a essência, essa é a vibe do personagem. Ela também consegue agradar qualquer um que for assistir, devido a ser uma boa série, com uma boa qualidade gráfica, não usa muito CGI, tem trajes heróicos meio feios, mas que são muito bem contornados pela qualidade do texto, da direção e do elenco. Tyler Hoechlin é o ator que tem menos cara de Superman na história, ele não é bonitão igual os outros, não tem nenhum apelo, não tem cara de símbolo de nada, mas o cara entrega muito, entendendo perfeitamente a essência e o que é o personagem. Assim como Bitsie Tulloch como sua amada Lois, que é a melhor versão da personagem na história das adaptações, nenhuma outra obra, seja live action ou animação, adaptou tão bem o que é a Lois Lane, a personalidade dela, a forma dela de agir, não só fazendo uma boa passagem para o audiovisual, como agrega mais ainda com bons artifícios narrativos encima da personagem. Tem alguns defeitos, que não são tão defeituosos por serem ruins, é o fato de termos alguns personagens chatos, irritantes, mas tirando isso, se você gosta do personagem, ou melhor, se quer ver uma boa série, está recomendada, curti muito essa primeira temporada.

Nota - 8,5/10

Nota por episódio:
1x1: "Pilot" - 8,5/10
1x2: "Heritage" - 8,0/10
1x3: "The Perks of Not Being a Wallflower" - 7,5/10
1x4: "Haywire" - 8,0/10
1x5 "The Best of Smallville" - 8,5/10
1x6: "Broken Trust" - 8,0/10
1x7: "Man of Steel" - 9,0/10
1x8: "Holding the Wrench" - 10/10
1x9: "Loyal Subjekts" - 8,5/10
1x10: "O Mother, Where Art Thou" - 8,5/10
1x11: "A Brief Reminiscence In-Between Cataclysmic Events" - 10/10
1x12: "Through the Valley of Dead" - 8,5/10
1x13: "Fail Safe" - 8,0/10
1x14: "The Eradicator" - 8,5/10
1x15: "Last Sons of Krypton" - 9,0/10

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