Crítica - The Last of Us (2ª Temporada, 2025)
O maior desafio de adaptar uma obra como The Last of Us.
Depois do fenômeno absurdo e inacreditável que a primeira temporada gerou, era óbvio que a HBO voltaria com The Last of Us para uma segunda temporada, já que material base não falta, pois "The Last of Us Parte II" não só é um jogo gigantesco, com 23 horas de campanha, como também, é um dos jogos mais elogiados da história, sendo considerado por muitos como o melhor jogo de todos os tempos. Porém, muitas pessoas também odeiam essa segunda história, por terem matado o Joel com pouquíssimo tempo de jogo e terem dado o protagonismo todo para a Ellie. E aí, até hoje tem viúva do Joel, gente que faz reviewbomb da franquia (inclusive, se alastrou, indo dos games para a televisão), gente que fala que é "lacração", e isso acaba sendo um problema, não pela pessoa desgostar, mas porque quem só não gosta por conta de gosto mesmo, acaba sendo prejudicado por esse discurso extremista gerado por essa massa. Porém, se fosse para eu falar só de polêmicas, eu fazia uma página de fofoca, não de audiovisual, o foco aqui é analisar a série como série, a temporada como temporada, os episódios como episódios e a adaptação como adaptação. A questão é que, de fato existe um hate exagerado, independente se você gosta ou não, tem que assumir que as pessoas, num geral, são muito extremas, e acaba que a opinião de qualquer um é apagada numa fumaça de fogo cruzado entre duas fanbases, uma que defende tudo cegamente e outra que prefere dedicar tempo para criticar a marca. Por isso, já adianto que aqui você não vai ler nenhuma das duas, pois eu não vou detonar, mas eu também não vou ficar defendendo, até porque essa segunda temporada tem diversos problemas, até mais que a primeira.
5 anos após os eventos que uniram os nossos dois protagonistas, Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) agora vivem na isolada e tranquila comunidade de Jackson, junto do irmão de Joel, Tommy (Gabriel Luna) e sua família. Porém, nossa dupla principal vem passando por maus bocados, já que houve um incidente que fez com que Ellie perdesse a sua confiança em seu pai adotivo, nisso, eles encontram formas diferentes de se viver, enquanto ele tenta recuperar a confiança dela, ela só quer saber de sair em patrulhas e buscar algo a mais com sua amiga (colorida) Dina (Isabela Merced). Contudo, alguns planos são mudados quando Abby Anderson (Kaitlyn Dever) vem em busca de vingança contra Joel, pois seu pai era uma das pessoas que nosso "herói" matou no hospital ao salvar Ellie ao fim da temporada anterior. E depois daqui é muita coisa que acontece, eu já dei o spoiler no parágrafo anterior, mas depois disso ainda tem mil coisas para resumir em um só parágrafo, então vamos parar por aqui, até porque o que eu conto é apenas uma introdução, e esse resuminho aí é a introdução desse segundo ano, os primeiros minutos da série.
Se o primeiro jogo/temporada tinha um trunfo, que era pegar uma história de apocalipse zumbi e transformar em uma obra sobre o amor, o segundo faz uma jornada de vingança. Mais do que isso, é sobre humanidade. Pois, mesmo em meio aos infectados, os monstros zumbificados, os verdadeiros monstros são os humanos. Mostra que nesse universo não existe preto no branco, bom e mau, existem humanos, que para alguns são heróis e para outros são vilões. A palavra que descreve a ideia é: coragem. Pegar o Joel, nosso protagonista bad-ass, o suposto herói da narrativa, o cara que você joga o primeiro jogo inteiro, e diz que ele era isso de um ponto de vista, mas de outro, ele era um vilão. Adicionar a Abby como essa menina cujo teve um trauma causado pelo Joel, ele mata o pai dela com um tiro na cara (isso, inclusive, é dito 405 vezes durante a série, é a frase mais dita na história) e ela decide ir atrás dele por vingança. Olha esse conceito, isso é genial, é um negócio que quebra totalmente as expectativas e traz uma originalidade fascinante, ainda mais quando no jogo você é obrigado a jogar com a suposta vilã. Trazer essa ambiguidade, esse conceito para a série, é muito difícil, tanto que não é adaptado e isso ficará para a terceira temporada, mas já existem nuances desse conceito durante todos os episódios.
Como adaptação, creio que essa segunda temporada acerta bastante, mas também tem seus erros, acho que algumas mudanças são cruciais para um melhor entendimento da narrativa, para conseguir contextualizar certas coisas do jogo que não funcionam para a sétima arte para o público que não joga, que, querendo ou não, é a maior porcentagem que assiste. Então, colocar uma cena que é na metade do jogo como a abertura da temporada, para apresentar a Abby e sua motivação de maneira bem breve, já é um toque a mais que funciona. Colocar alguns flashbacks na ordem cronológica, adicionar muitas coisas novas, novos elementos, mudar certas coisas do game, tudo isso é muito bom. Uma pena que isso só vai de forma totalmente eficiente nos primeiros dois episódios, até o terceiro, a primeira metade dele ali se formos gentis, mas depois cai na mesmice de tentar emular o jogo, que foi o que a primeira temporada fez. Essa temporada teve bem mais mudanças, coisas sendo mudadas, dedicando um episódio inteiro para flashbacks, mas ela cai bastante de rendimento quando corta para essa adaptação, tanto que vai ficar claro pelas notas para cada episódio que vocês lerão lá no final, pois para mim os dois primeiros são dois dos melhores de toda a série, mas a queda é notável.
Eu não sou contra fazer a adaptação igual, fazer um tipo de copia e cola, na primeira temporada não me incomodou quase nada, mas nessa segunda acaba sendo abaixo, simplesmente porque a execução é realmente abaixo, do terceiro episódio para a frente, os que de fato seguem a mesma linha narrativa (para tirar o sexto da equação) é realmente mais fraca. Não é ruim, é boa, é bem feita, mas nada que brilhe os olhos pela forma que é feita, torna-se algo bem executado, mas não chega ao ponto de ser fascinante como a temporada anterior ou o jogo. E eu sei que pode parecer errado fazer comparações, eu realmente não gosto de ficar comparando a adaptação com a obra original, mas mesmo sem levar o jogo em consideração, existem erros ali no meio. Eles correm com várias coisas, tem um momento bizarro que em um minuto a Ellie está num lado, cortou no minuto seguinte ela brota em outro lugar do nada, existem ali problemas que a série fica limitada a não arriscar demais. Os melhores momentos são os de tensão, a exploração dos locais e a dúvida se há ou não infectados onde os personagens estão, mas quando vai para algo fora disso, do suspense e até da ação, fica meio que monótono.
E agora voltando ao que eu falei dois parágrafos para trás, o grande twist é transformar os humanos em seus próprios vilões durante o apocalipse zumbi enquanto conta uma narrativa sobre a vingança. A ideia é mostrar o quanto a vingança é um sentimento egoísta, injusto e que mais acaba com o vingador do que ajuda em alguma coisa. A intenção é mostrar isso através da Ellie, como a personagem dela se acaba na vingança e vai perdendo aos poucos o que ela tem, mostrando que nada daquilo é recompensador de alguma forma. No entanto, aqui para mim vem o principal erro da série, que é, absolutamente do nada, decidir dar um arco heroico para a Ellie na season finale. Meu irmão, que ideia de jerico, pois poderia ser bem trabalhado isso no seriado, porém, não era para isso que o desenvolvimento que a personagem vinha recebendo a temporada inteira, o episódio 3 todo é praticamente apontando o dedo para ela e chamando ela de egoísta, mas de última hora decidiram que ela deveria ser uma heroína. Eu não veria problema em mudar isso, faz até sentido com algumas das situações que ela passa nessa jornada haver alguma mudança. Porém, a série joga contra ela mesma fazendo isso, deixando desbalanceada e bagunçada.
Eu acho que eu foquei demais até agora no que eu não gostei, então mudando a direção bruscamente, para fazer jus à série, vou falar do que eu gostei muito. E muito mesmo eu só gostei de três episódios: 1, 2 e 6. O primeiro e o segundo episódio são uma aula de adaptação, tudo que ele muda e acrescenta é para melhor, explora mais os personagens, relações entre alguns deles que mal sabíamos que existia no jogo, e também uma exploração de como os personagens se enxergam no ponto da série em que estamos. É criada uma relação entre Joel e Dina que não existia e é muito bem feita, em uma cena você já compra que eles dois tem um carinho mútuo. O Tommy tem momentos para brilhar, o Jesse é um coadjuvante carismático que acrescenta bem ao todo da série e a calma que existe para trabalhar tudo, colocar várias coisas no eixo sem se preocupar com estar sendo igual ao jogo, foi uma vibe tão massa esse início de temporada. Eles pegam até coisas que você só lia nas cartas que encontra durante o jogo e tentam desenvolver algo a partir disso, como o Joel frequentando uma psicóloga, que já já eu falo mais sobre tudo isso.
É necessário separar um parágrafo só para o segundo episódio, pois para mim, foi um dos melhores episódios que eu já vi em todas as séries, tá maluco, que experiência sensacional. A Batalha de Jackson é um momento apoteótico, que pega todas as críticas que foram feitas à primeira temporada e prova que quem criticou estava errado (tudo bem que depois confirmou que estavam certos, mas naquele momento não sabíamos disso). Não tem ação? 30 minutos de cena de ação sem parar. Não tem infectados o suficiente? Centenas de infectados de uma vez só. É tudo igual ao jogo? Não é mais. Os personagens no jogo foram burros? Aqui não foram tanto. Eles consertam algumas decisões tomadas no jogo que eram questionáveis, dão espaço para outros personagens além de Joel e Ellie terem momentos para se destacar, e conseguem criar um episódio tenso e denso, com um nível absurdo de produção, de roteiro, de direção, é o padrão HBO de qualidade que se sobressaiu mais uma vez, foi uma tacada só de explodir cabeças. Falando nisso, o momento mais ousado da temporada, que é matar seu protagonista no segundo episódio. Que é o que acontece no jogo, mas havia uma desconfiança enorme que eles iriam peidar na farofa e deixar isso para o meio ou final da temporada, mas eles fazem isso de cara, chocando a maior parcela de espectadores (ou público não-gamer), num momento tão bem construído quanto o da obra original, e que causa um impacto genuíno em até quem sabe o que está por vir.
Com isso, Pedro Pascal deixa a série, provando que era o coração dela, pois os episódios sem ele são os que eu estava reclamando que são abaixo. Isso não se deve ao resto do elenco, falarei deles depois, mas a própria direção não consegue fazer com que ele seja substituído a altura, O sexto episódio é a provação máxima disso, onde pegam a maior parte dos flashbacks do Joel no game e compilam, provavelmente para não pagar mais o Pascal para voltar esporadicamente, mas é esse episódio que a série é uma com ele e outra diferente sem ele. Por mais que eu goste da Bella Ramsey como Ellie, ela não consegue ter o mesmo peso (já irei chegar nisso, pois é um assunto delicado), e quando há esse desenvolvimento do Joel, com ele sendo um pai falho, que está errando, mas que quer resolver as coisas com a Ellie, se esforçando, se tratando e se enfrentando, é incrível. O flashback que tem dele adolescente, conversando com o pai, mostrando o que lhe motiva a tentar ser um bom pai (além do seu sentimento de falha com a Sarah) é exímio, dá todo um sentido diferente a toda participação dele na narrativa. As cenas dele tentando ser um bom pai, com festinha de aniversário, presentes, tentando entender e aceitar sua filha do jeito que ela é, é sensacional, extremamente bem trabalhado.
Olha, o Pedro Pascal foi a escolha perfeita para ser o Joel, o tanto que ele encaixou bem no papel é bizarro de um jeito que é impossível tentar enxergar outro ator o interpretando. Ele entrega tantas nuances e molda um personagem tão bom e tão adorável, que como eu disse, a série sem ele é outra, não conseguindo se sustentar em um alto nível sem ele. Ele tem uma carga dramática incrível, onde ele traz consigo o peso de várias falas pelo comportamento corporal e facial que ele entrega, ele tem um tom de arrependimento muito grande que o persegue, como se ele não conseguisse se enfrentar, é algo muito bem trabalhado, especialmente quando você faz uma cena dele com a psicóloga, a Gail (Catherine O'Hara), que é um dos grandes momentos dele, onde só pelo rosto (com uma maquiagem bizarra de boa de envelhecimento também, precisa ser dito e aplaudido) você consegue entender todo o drama que esse personagem passa e toda a bagagem que ele arrasta consigo devido a diversas ações que ele tomou durante a sua vida. Também gosto de como ele foge do protagonista bom e as vezes tem seus momentos de babaquice, até requintes de crueldade, como a cena dele com o Eugene (Joe Pantaliano), que dá um tom mais sério de que ele também erra e não percebe isso muitas vezes. Eu acho que vem um Emmy aí para ele, e vai ser muito merecido, entregou demais nesses três episódios.
Quanto a Bella Ramsey, que é um assunto delicado por si só, ela é destroçada massivamente na internet por ser feia e estar no papel (coisa que ela não tem culpa, ela fez um teste, passou e está apenas fazendo seu trabalho), mas que a maioria, por mais que seja apagado devido as bolhas, não se incomoda com isso. Eu adorei ela na primeira e ela crescia a cada episódio lá, mas aqui foi ao contrário, pois a cada capítulo que passou, menos eu gostei dela. Não por culpa da Bella, mas da própria direção e do texto, que transformam ela numa imbecil em vários pontos. A Ellie aqui é, desculpem o palavreado, uma m3rd3ira, pois ela tem poucas ações, mas todas que ela tem, dá ruim, e esse artifício já conseguiu ser saturado em quatro episódios. A atuação dela é muito boa, especialmente quando se trata de cenas tristes, ela chora bem, tem momentos dramáticos que impactam de verdade, tem cenas em que ela passa o peso emocional pedido, também tem bons momentos cômicos, timing muito bem encaixado, algumas tiradas que funcionam, mas a transição de protagonista da série foi muito brusca, fazendo com que ela não consiga aguentar esse peso todo de uma vez, até porque os piores momentos dela na série são quando ela precisa parecer bad-ass, e por algum motivo incrível, ela soava mais bad-ass quando era a versão criança. Ela se esforça, entrega o máximo, mas, na minha visão, o próprio texto deixa ela abaixo. Provavelmente ganhará o Emmy também, ficarei muito feliz vendo nerdola chorando, eu gosto dela, mas é a mesma situação de outros castings, onde acaba sendo prejudicada pela própria obra.
Agora a série também introduz um elenco secundário fixo, onde temos o Tommy retornando da primeira temporada e as adições de Dina e Jesse. Eu achei interessante como eles trabalharam o Tommy, deram um ar de "tio bacana" na relação entre ele e a Ellie, colocam ele como um pai, ele tem uma cena enfrentando um baiacu que é o grande momento dele de ação e é uma cena incrível, onde dão um ar até que ele poderia morrer. Porém, creio eu que depois existe um desperdício, já que ele é quem mais deveria estar buscando vingança nessa história, e no jogo é assim, mas a gente não vê nunca a visão dele, e é algo que valeria mais a pena explorar em um episódio, tiveram dois a menos, poderia ter um a mais com ele sendo o protagonista por quarenta minutos, acho que não iria doer. O Jesse tem um arco ali bem qualquer coisa, assim como na história do jogo, ele tem uma carga dramática até bem feita, com todo mundo o colocando num posto de futuro líder de Jackson, como um cara que você pode contar, e ele é bem carismático, bem gente boa, é interpretado pelo bom Young Mazino, lá da série "Treta" (assistam) e ele entrega esse cara que é bacana, divertido, mas que tem essa postura e esse posicionamento de liderança e imponência quando necessário.
A Dina creio ser a melhor adição da série na temporada, pois eles encontraram a Isabela Merced, que carrega o peso dramático em muitos momentos. Primeiro que ela no seriado é muito melhor que a do jogo em todos os sentidos, o sentido narrativo dela é melhor, o impacto da personagem na trama, a motivação dela, as relações que ela constrói e amadurece ao longo dos episódios com os demais personagens, senti falta apenas de uma relação mais bem explorada com o Jesse, uma tensão maior de um relacionamento terminado, mas ok, é pedir demais já para uma coadjuvante. Ela abrilhanta a série quando aparece, dá um toque a mais de vida, ela é uma luz em meio a uma escuridão que ocorre a sua volta, transmitindo bem como a Ellie a enxerga nessa história toda. A relação delas cria um bom casal principal, a interação é muito bacana e acho que isso puxa as atuações das duas para um nível maior, existe uma reciprocidade e uma leveza bacana na maneira na qual elas interagem uma com a outra, mas também existe um sentido dramático que é bem colocado, como se ela conseguisse amenizar um pouco da dor da Ellie quanto ao Joel, mas como ela também sente esse peso da morte dele e entende o que motiva ela a continuar nessa jornada.
Quanto a Abby, nossa futura co-protagonista, a série só apresenta o básico sobre ela e faz com que os espectadores a detestem. Creio que a decisão mais ousada da série é justamente essa, de fazer o público pegar gana dela, só colocá-la em momentos em que ela causa desgraça, para cortar a temporada exatamente no momento que começaremos a ver seu ponto de vista da história. Eu não sei se uma parte do público irá querer dar sequência a série, pois a Abby foi retratada como a vilã, já que essa temporada foi pelo ponto de vista da Ellie, mas eu espero que continuem, pois a trama dela tem mais coisas interessantes a serem exploradas do que esse princípio de trama que exploraram agora. Quanto a Kaitlyn Dever no papel, existe uma crítica a ela, pois no jogo a personagem faz amor com o suco e tem o braço do tamanho de uma tora, mas a atriz é bem magrinha, e existe um motivo para a atriz não ter crescido, que é que seu período de preparação coincidiu com um momento em que sua mãe veio a falecer e ela não tinha condições mentais de fazer essa preparação física, ela foi gravar direto. Essa questão então acho que a passada de pano é extremamente necessária. Mas ela no papel foi excelente, entrega uma dor nas falas dela que é impactante, você consegue criar um pequeno traço de empatia por ela por conta de contextualizarem sua motivação, mas eles são ótimos em fazer essa manipulação dela como uma antagonista, onde ela precisa entregar cenas onde seu ódio fala mais alto que qualquer coisa.
Acho que eu já me estendi bastante no que era importante, tem coisa que eu nem falei, como a maquiagem, os cenários, as locações, que eu já elogiei na primeira temporada e só para não passar batido, eu digo que continuam no mesmo nível de adaptação e de ambientação dessa distopia. Mas, enfim, assim como o segundo jogo, a segunda temporada de "The Last of Us" continua causando controvérsias, divisões e brigas entre dois tipos de "fanbase". A série tem seus bons momentos, tem seu melhor episódio, inesquecível, eu diria, a batalha de Jackson é muito marcante. Pedro Pascal incrível como Joel, provavelmente se despedindo do papel, e a Bella Ramsey entregando uma versão legal da Ellie, mas que é prejudicada pelo próprio texto da série, que desvia do tema da série e dá um sentido destoante do que eles vinham construindo. Tem alguns bons episódios, os dois primeiros foram ótimos, mas depois fica numa linha ali que nunca desce, mas também não tem nada de espetacular, tem algumas ótimas cenas, momentos de ação são bem feitos, todo o elenco é muito bom, mas essa temporada foi bem abaixo e não conseguiu passar a grandiosidade e a audácia da obra original. Mas, o público não-gamer está assistindo, sendo apresentado a história e gostando, e eu acho isso bacana, deve ser uma experiência bem melhor não saber de nada e assistir, até porque, cada vez que eu penso mais, menos eu gosto (se você tá lendo esse texto após uma semana depois que eu lancei, saiba que a nota geral era maior, mas eu não consegui evitar diminuir, pois na minha cabeça só piora).
Nota - 7,0/10
Nota por episódio:
2x1: "Future Days" - 9,0/10
2x2: "Through the Valley" - 10/10
2x3: "The Path" - 6,0/10
2x4: "Day One" - 6,5/10
2x5: "Feel Her Love" - 6,5/10
2x6: "The Price" - 8,5/10
2x7: "Convergence" - 5,5/10