Crítica - Avatar: Fogo e Cinzas (Avatar: Fire and Ash, 2025)
Mais um acerto de James Cameron com a franquia?
Quem acompanha a página tem algum tempo, sabe do meu apreço por James Cameron e pela franquia "Avatar". Tem crítica por aqui, tanto do primeiro "Avatar" (2009), que eu soltei após o relançamento nos cinemas lá em setembro de 2022, quanto de "Avatar: O Caminho da Água" (2022), que saiu em dezembro do mesmo ano. O primeiro é um dos meus filmes favoritos, eu acho sensacional como ele moldou a essência de grande parte dos blockbusters dos anos seguintes, a construção de mundo, de Pandora, as questões quanto à religião, espiritualidade, colonialismo, xenofobia, e tudo mais, além é claro do visual (que, diga-se de passagem é melhor que 95% do que está lançando hoje em dia, convenhamos), e da música, a trilha absurda do saudoso James Horner. O segundo eu também considero espetacular, para mim seria quase o nível do primeiro se não tivesse ali uma ou outra decisão que foi tomada pensada na continuidade da franquia para este terceiro e os planejados quarto e quinto filme. Mas, enfim, cá estamos para a terceira entrada da franquia, mais um filme que vai bater um bilhão nas bilheterias sem esforço (estou escrevendo já após os resultados da estreia e talvez não alcance os dois bilhões que nem os anteriores, mas pelo menos 1bi é garantido) e mais um para gerar aquela velha discussão de se é bom mesmo, se é só hype, se o hype estraga a opinião do público quanto ao filme negativamente e tudo aquilo que já foi vivido com os outros dois (e que está sendo novamente revivido aqui). Afinal, dando um pequeno pulo, é um filme para quem gostou dos outros dois, a resposta é essa, quem não gostou dos demais vai ter a mesma opinião e assim em diante.
Meses após os eventos de "Avatar: O Caminho da Água" e a morte de Neteyam (Jamie Flatters), acompanhamos o status dos personagens em um momento de luto e transição. Enquanto Neytiri (Zoe Saldaña) busca refúgio na sua fé em Eywa, Jake Sully (Sam Worthington) tenta se manter ocupado para esquecer da perda de seu primogênito. Lo'ak (Britain Dalton) se culpa pela morte do irmão, Kiri (Sigourney Weaver) tenta buscar pelas suas origens ancestrais e Spider (Jack Champion) tenta descobrir sua identidade como um dos na'vi mesmo sendo biologicamente humano. No entanto, após ter sido deixado vivo pelo seu filho e fugido, o Coronel Quaritch (Stephen Lang) ainda está em sua missão pessoal para caçar Sully e lhe dar a glória. Para isso, Quaritch se une ao clã rebelde na'vi conhecido como Mangkwan, o clã das cinzas, liderado pela insana Varang (Oona Chaplin). Aqui, temos mais uma história que não inova e é exatamente isso que me incomoda quanto ao "hate" desse filme, que é que o filme não quer ser inovador na questão narrativa. Visualmente? Isso aí é a principal revolução que o James Cameron quer fazer, mas na história é algo simples que não precisa de grandes elaborações narrativas e quebras de plot, não, não precisa, não é esse o objetivo. Pode não ser a história mais complexa do mundo, mas você não pode negar a grandiosidade que existe nesse universo, e isso constitui um roteiro também, a história não se conta apenas com os acontecimentos, se conta com os personagens, com backgrounds, com worldbuilding, com visual, com contexto, com texto e subtexto, tudo constitui um roteiro, e nisso se você disser que o roteiro é ruim, você está sendo injusto e ignorante com o mano James.
James Cameron tem muita paixão por esse universo que ele criou, isso fica cada vez mais claro a cada filme, e é sensacional como ele vai explorando e expandindo suas ideias cada vez mais. E melhor parte disso tudo? Ele criou tudo do zero, claro que não sozinho, contou com ajuda do Rick Jaffa, da Amanda Silver, os co-roteiristas dos últimos dois filmes (e os responsáveis pela excelente trilogia de Planeta dos Macacos da década passada), de várias outras pessoas, mas o idealizador, o Deus desse universo é o James Cameron, ele é, de certa forma, Eywa, ele é a divindade que comanda esse universo. Eu acho incrível como ele pega e vai contando a história principal, mas em paralelo tem outras histórias rolando fora de cena que vão se complementando em tela mesmo que a gente não veja, tem coisas que são apenas mencionadas, mas que aconteceram e que vão ter seu impacto na trama de alguma forma. A gente tem como guia a tribo dos Omaticaya, a Neytiri, a família Sully, os sobreviventes, que estão junto com os Metkayina, o povo das águas, e em paralelo a gente é apresentado aos Wind Traders, os mercadores do vento, e aos Mangkwan, o povo das cinzas, devoto ao fogo. É um universo muito rico, bastante fascinante, eu realmente fico boquiaberto enquanto assisto, porque cada coisa ali é tão bem feita, tão bem trabalhada e construída narrativa e visualmente, que não tem como, eu sou fã demais do James Cameron e de tudo o que ele faz aqui.
A direção do Cameron é absurda, aqui é praticamente uma sequência direta do 2, quase um "Avatar 2.5", porque realmente começa de um ponto semelhante de onde o anterior acabou e vai seguindo a história. Nisso, a história aqui não para, são mais de três horas de duração que não param, aqui existe um gás absurdo em contar a história, mas que vai numa crescente muito boa, sem barrigas ou gorduras desnecessárias que atrasam a trama, existem pausas pontuais necessárias, onde você precisa de um intervalo entre essa adrenalina que pareia o filme inteiro. E o Cameron sabe construir muito bem os momentos de impacto emocional dentro da narrativa, já que aqui existem revelações, existem reviravoltas, arcos de personagens que vão se construindo e se desenrolando, e tem momentos onde você (pelo menos eu, que sou fã) sente, tem momentos que pegam, que existe uma tensão, existem momentos bem construídos que o Cameron brinca com as emoções dos fãs. As cenas de ação daqui são gigantescas, são tão boas quanto a do primeiro, a escala daqui é gigantesca, é de batalha final de meio de franquia, claro que aqui não é o fim, haverá o quatro e o cinco, o próprio filme não constrói aqui como uma conclusão, mas a escala da batalha final é similar a de um "As Duas Torres", por exemplo. E existem diversas cenas de ação ao longo do filme todo que são brilhantes, pelo menos uma a cada ato. A cena de ação da primeira hora de filme, que até obriga Sully e Quaritch trabalharem juntos, essa aí é maravilhosa, depois a cena da base com a Neytiri disfarçada, a cena final do terceiro ato com as diversas ramificações, como cada personagem se envolve em algum núcleo nessa batalha e como eles vão se unificando, é muito bem trabalhado pelo Cameron, muito bem pensado.
Eu gostei bastante de como os personagens foram desenvolvidos por aqui, acho que deu uma ramificada e aí tirou um pouco do foco do Jake Sully e da Neytiri, mas acaba que cria bons arcos secundários para praticamente todos os outros personagens, claro que nenhum mega complexo, mas todos bastante funcionais. Eu gostei do Jake Sully nesse filme, pois aqui demonstra que apesar dele ter sido aceito entre os na'vi, de ser considerado um deles, ele ainda não abandonou seu lado humano, seu lado fuzileiro, onde ele é a favor das armas de fogo, ele considera que não dá para vencer a guerra apenas com lanças, ele se une ao Quaritch em um certo momento já que eles estavam com um objetivo em comum, mas ali ele acaba se reconhecendo mais no coronel do que ele gostaria. Ainda há outra cena, na transição do segundo para o terceiro ato, que aquela ali ele teve um dilema onde ele estava prestes a cometer uma atitude que mais o aproximaria do que ele abomina na humanidade e o afastaria mais do que ele se reconhece como na'vi. Apesar disso tudo, o Sam Worthington continua sendo um ator terrível, ele tem sorte do CGI, eu consegui rever o primeiro na semana passada e é impressionante o quanto ele é ruim, ele deve ter ganhado esse papel na sinuca contra o James Cameron. Porém, funciona, muito pelo CGI, no 2 e no 3 ele deu uma evoluída na atuação (até porque se não evoluísse depois de mais de uma década ficaria difícil), mas ainda sim é bem medíocre.
Afinal de contas, não é o Jake Sully que é o personagem favorito de qualquer um que assista a franquia, sendo um fã ou vendo casualmente, quem chama a atenção é a Neytiri, é a atuação assombrosa da Zoe Saldaña no papel. Ela tem uma expressividade, uma carga, mesmo através de CGI, que é algo absurdo, que performance fantástica, nos três filmes. No primeiro ela engole o Jake Sully, no segundo há um pouco menos de destaque, mas ainda casca grossa, braba. Agora, nesse terceiro ela foi fantástica, sensacional como a personagem foi trabalhada aqui e utilizada pelo James Cameron. Ela é trabalhada como uma mãe que acabara de perder o filho, que está num estágio de luto muito profundo, onde ela acredita que já não lhe sobra quase nada do que ela sempre teve. Ela perdeu o lar, perdeu o pai, perdeu o filho e aos poucos ela vai perdendo a esperança, ela não tem mais nada a se agarrar a não ser sua fé em Eywa. Existe um conflito bastante interessante que é a relação dela com os humanos, já que ela tem um pouco de receio com o Spider, ela não gosta dele por ele ser um humano, isso relembra ela de todos os males que ela têm passado, e como isso vai sendo construído de forma sublime até completar o arco dela aqui é excelente. Também juntam ela com a personagem da Kate Winslet, numa relação meio conturbada, mas que acaba gerando ótimos momentos, já que são as duas melhores atrizes do filme contracenando (por mais que seja em mo-cap) e existe algo ali diferente, que acaba criando um impacto maior para o arco da personagem no terceiro ato.
Os personagens secundários acabam tendo esse espaço para serem melhores desenvolvidos e aproveitam bem, dando mais consistência a este elenco coadjuvante. Eu gostei muito do arco do Lo'ak nesse filme, ele já tinha sido um destaque no segundo, mas aqui existe a sequência desse arco, que é muito bem trabalhado. Através dele, é trabalhada a culpa, o luto, a negação, a depressão, é bem mostrado como ele vai lidando com um monte de desgraça acontecendo na vida dele que ele não consegue lidar com tudo ao mesmo tempo, ele acaba de ser promovido a irmão mais velho, enquanto se culpa pela morte do irmão falecido, tem que cuidar dos irmãos mais novos, tem a relação com a baleia Payakan (que é um irmão espiritual dele) e como ele precisa lidar com as dificuldades nisso. É um personagem que era meio insuportável anteriormente, mas aqui dá uma volta e acaba que você vai entendendo o lado dele, vai comprando o porquê dele ser assim, dando uma justificativa para sua rebeldia, que agora sim é justificável, já que anteriormente parecia só uma fase adolescente, agora se consolida como uma coisa que ele precisa ser, já que cada vez mais ele vai sendo colocado para baixo e tendo alguma baixa rolando em sua vida. Inclusive, é ele que narra a história, é sob a sua perspectiva que a história acontece, então há uma justificativa do destaque dele e do porquê do arco dele ser tão importante para a narrativa.
O Spider é um personagem também bastante interessante, até porque há nele a dualidade, ele é um humano ou um na'vi? Ele foi criado pelos na'vi, um filho adotivo do Jake Sully, com uma relação fraterna muito próxima aos Sullys (apesar da relação dele com a Kiri ser meio Sweet Home Alabama, na real, meio não, nesse filme aqui eles deixam mais claro isso ainda), mas ele ainda tem de lidar com o fato de ser filho de um humano, de um militar que queria matar a raça a qual ele se sente pertencente. Aqui rolam umas coisas com ele muito complexas de se explicar num texto, também é um spoiler, só vendo o filme para entender, mas eu achei o que acontece com ele uma expansão massa de universo, algo que puxa mais para este lado espiritual, que é tão forte nesse universo, e eu achei muito bem trabalhado, como ele vira uma espécie de macguffin e como isso se correlaciona ao arco da Kiri. A Kiri, que apesar de muita gente considerar bizarro ser uma adolescente interpretada pela Sigourney Weaver, eu acho essa ideia muito bem aplicada, se relacionando com todo o contexto espiritual e religioso que há em Pandora, por mais que hão efeitos ali para rejuvenescer a voz da Sigourney, eu acho que ficou muito bom. E o arco dela nesse filme é todo focado nesse lance espiritual, como ela está mais conectada às origens de Pandora e de Eywa do que parece, como ela é um ser que tem mais dentro dela do que ela imagina ou do que ela acredita, ela tem esse arco meio Will Byers que aqui traz algo muito interessante nesse contexto todo e que eu achei muito bom.
Agora, o melhor personagem é o Quaritch, cara, que personagem carismático, sensacional. Claro, eu odeio ele porque ele é um racista, um xenófobo, um militar estadunidense patriótico que se acha o centro do mundo, o ser superior, o brabo, ele tem cenas em que ele é detestável, mas eu adoro detestá-lo. Ele tem esse egoísmo cativante, ou melhor, ele disfarça esse egocentrismo com seu carisma, mas aqui ele conseguiu me enganar perfeitamente, porque eu comprei, ele tem momentos muito bons, muito engraçados, que atuação excelente do Stephen Lang. Como eu falei no meu texto do segundo filme, ele não é um cara de todo mau, ele está apenas cegado pelo ódio, e aqui existe um motivo para que ele fique um pouco menos cego, que é a relação dele com o Spider, ou melhor, que ele quer tentar ter com seu filho, já que a humanidade dele vem nos momentos onde envolvem a segurança do garoto, que fazem ele dar uma trégua com o Jake Sully em alguns momentos inclusive, é a única coisa que o mantém na linha. Mas, o que o tira da linha, é um rabo de saia na'vi, já que colocaram ele num romance com uma MILF gótica bruxa na'vi, o cara simplesmente zerou o game pegando a gostosa master de Pandora. Estou falando da Varang, a líder do clã das cinzas, os Mangkwan, interpretada pela Oona Chaplin, que cria esse relacionamento meio esquisito com o Quaritch, mas que dá super certo, é a melhor coisa do filme. Primeiro de tudo, é o Cameron adaptando o arquétipo comum do homem supremacista branco com a namorada de uma minoria. Segundo, que é um casal com um tesão envolvido na tela que eu não via há tempos, eles parecem que vão se engolir a cada cena que aparece, a cena da tenda é de uma tensão sexual que o James Cameron nem se importou em tentar esconder, é na cara mesmo, eles fazem sexo agressivo e com amor envolvido, que baita casal, até quem não gostar do filme vai precisar admitir que funcionou perfeitamente.
Na parte técnica, acho que não precisa ter muito mais a ser dito, depois do que eu já falei tanto sobre o primeiro e o segundo filme, mas é impossível não mencionar nada quando se trata dessa franquia. Meu irmão, o que são os efeitos visuais desse filme? Cara, parece que fica cada vez melhor, é muito bom, os na'vi tem poros, você vê os poros dos na'vi e não vê dos humanos, é tão absurdo que são os humanos que parecem ser feitos de CGI, eu até estranho quando aparece algum humano ali porque não parece certo. Os efeitos se ligam bem ao design de produção e é impressionante como cada construção é única, cada tribo tem suas próprias particularidades, características que os diferenciam dos demais, já falei muito sobre os Omaticaya e os Metkayina nos textos anteriores, mas aqui, como é construído visualmente os mercadores do vento, o clã das cinzas, cara, que sensacional. Os "barcos" dos Wind Traders são lindíssimos, é de ficar abobado vendo aquilo em cena sendo tão palpável. E os Mangkwan tem essa construção visual que os diferenciam, com menos cabelo (literalmente, são todos calvos, até as mulheres), com o tom de pele mais acinzentado, as pinturas corporais e os visuais que refletem as tradições, é absurdo. O James Cameron ter criado tudo isso do zero é o que mais me admira, que me faz gostar mais, pois cada detalhe ali é tão bem pensado que não tem como eu chegar aqui e falar que é ruim, mas não corre o mínimo risco de ser ruim, é um deleite, um colírio para quem gosta dessa coisa de ficção científica e construção de mundo (e que não fica nessa de "genérico", "batido" e "hypado", sendo que a maioria elogia certas obras com as mesmas mensagens e estruturas narrativas, mas só Avatar que é digno desses adjetivos, pelo visto).
A fotografia desse filme é um pouco mais escura do que as dos anteriores, acho que me perdeu um pouco nisso. Não chega a ser exatamente um problema, mas pô, no dois tem a cena do primeiro encontro entre o Lo'ak e o Payakan na água, aqui não tem nenhum momento que chegue perto disso. Existem ótimas cenas, claro, tem uma mise-en-scène interessante em diversos pontos, que conversam bem com esse quesito que eu falei de apresentação de novos conceitos ou expansão de outros, se destaca mais ali pelo terceiro ato, pela loucura que vai acontecendo ali, especialmente na parte que envolve a Kiri, naquele momento existe algo especial envolvendo isso tudo. O design de som por aqui também é um absurdo, como eles criam diversos sons e como o som vai contando certas partes da história em diversos momentos. Além do básico, de batalhas, de cenas de ação, coisas da floresta, a água, e tal, ainda existem certos pontos onde é necessário a criação de sons que enriquecem este universo, como a raça das baleias, como os sons dos animais de Pandora e como essa relação entre os na'vi e seus animais tem quase uma pequena frequência rolando dentro do filme. Nisso de momentos de ação, também é preciso dar destaque aos dublês e a direção de dublês, até porque estamos falando de profissionais que além de arriscar a própria vida, precisam fazer isso em mo-cap, e acaba que muitas das vezes isso deixa o reconhecimento deles menor ainda num filme desses, mas nos momentos chaves você percebe a escala gigantesca que existe e o tanto de figurantes e dublês que são necessários para complementar essa história de fundo. É brilhante, é absurdo.
Dito isso tudo, sou um grande suspeito para falar, mas "Avatar: Fogo e Cinzas" é mais um grande acerto da franquia Avatar e de James Cameron. Vamos lá, é um filme que é para quem gostou dos outros dois, o James Cameron não está nem aí para quem é anti, para quem não liga para a franquia, ele vai fazer do jeito dele, porque é o jeito que ele imaginou a franquia e é o jeito que ele, como autor, quis fazer, é simples e é o certo, ele não tem que se contentar em agradar o filmtt mesmo (até porque eu acho que ele começou a trabalhar nesses filmes muito antes de existir qualquer coisa disso). Tem diversos acertos dos filmes anteriores, como o visual, o carisma, o vilão, o desenvolvimento dos personagens, a criação e expansão de universo, os conceitos, a música, as atuações da Zoe Saldaña, do Stephen Lang. Tem defeitos? Tem, inclusive acho que o que mais tem defeitos dentre os três até agora, até porque ele tem uma decisão narrativa tão esdrúxula no segundo ato que me deu raiva, que envolve um personagem que vem do nada, faz uma coisa importante e sequer é mencionado novamente o resto do filme, aquilo ali foi munição para os adolescentes trintões que odeiam a franquia na internet (obs: eles viram os filmes com o celular na mão), mas quem reclamar dessa tem total razão, foi uma decisão patética de roteiro. Entretanto, estamos falando de James Cameron, de Avatar, eu sou fã demais, eu gostei para cacete de ter mais essa experiência absurda no cinema, mais um filme marcante, mais uma obra que o Cameron prova porque ele é O visionário do cinema. Apesar desse erro idiota do segundo ato, que me fez baixar a nota inclusive, pois para mim deveria ter sido ali um 9/10 pelo menos, mas essa besteira ridícula me fez dar essa baixada. De qualquer forma, vale muito a pena ir lá assistir, deixe de ser ignorante, de ser anti hype, anti felicidade, pare de levar tão a sério e seja feliz, é uma das melhores franquias da atualidade, se divirta.
Nota - 8,5/10