Crítica - Jurado N°2 (Juror #2, 2024)
Um filme para mostrar porque Clint Eastwood é um dos maiores diretores da história da sétima arte.
Por mais que já tenha falado muito dele de outras formas por aqui, finalmente farei uma crítica de um filme de Clint Eastwood, que é meu diretor favorito, lado a lado com Steven Spielberg, mas eu gosto mais dos filmes do Clint do que do Spielberg como um todo, então dá para se dizer que ele tem uma vantagem, mas não consigo escolher no final. No entanto, nunca trouxe um filme que ele dirigiu para cá por simplesmente não conseguir descrever o impacto real que cada obra dele teve em mim a cada vez que eu vi, pois eu maratonei filmes dele alguns anos atrás e é impressionante como ele, apesar de ter baixas em sua carreira, não perde a mão e consegue trazer filmes bonitos, que emocionam de uma forma ou outra, que vão vivendo dentro da sua cabeça, que trazem discussões morais, sobre o mundo e sobre você mesmo, e como tudo isso impacta no dia a dia. Ele já fez inúmeros longas sobre esse tipo de questionamento, onde o protagonista ou quem narra a história questiona as atitudes principais e tenta buscar uma lógica por trás disso, uma justificativa, como em "Os Imperdoáveis" (1992), "Um Mundo Perfeito" (1993), "As Pontes de Madison" (1995), "Sobre Meninos e Lobos" (2003), "Menina de Ouro" (2004), "Gran Torino" (2008), "Sully - O Herói do Rio Hudson" (2016), "A Mula" (2018) e agora este. Todos estes são filmaços absurdos, nota 9 para cima, e olha, rapaz, este aqui talvez seja o último filme do diretor devido a sua idade avançada (a não ser que ele consiga viver mais para fazer outro, se não é certeza), mas encerraria sua carreira de mais de setenta anos com chave de ouro. Que honra é poder estar em 2025 e estar falando sobre um lançamento do Clint aos seus 94 anos de idade, saudável e lúcido, isso é maravilhoso.
Antes de falar sobre, importante fazer um disclaimer de que qualquer coisa sobre este filme é um spoiler, então se você não assistiu, é melhor nem ler, pois falarei tudo o que acontece na história por aqui, começando já pela sinopse, então vá se precisar, fique se quiser. O longa é protagonizado por Justin Kemp (Nicholas Hoult), um rapaz que escreve para uma revista local e que é casado, esperando um filho com sua esposa Allison (Zoey Deutch). Tudo vai bem, até que ele é chamado para compôr o júri de uma corte, cujo ele não quer participar, mas vai do mesmo jeito. Chegando lá, ele pega o caso de James Sythe (Gabriel Basso), que é acusado de matar sua namorada e a jogar na beira de uma estrada. No entanto, à medida que Justin vai ouvindo a história, sabendo das datas, horários e locais, ele percebe que não é um caso qualquer: é um caso onde ele é o culpado, pois ele foi o responsável por matar a jovem quando ele a atropelou sem saber que tinha feito, pois ele pensou que tinha batido num cervo. Nisso, para despistar sua culpa e tentar trazer justiça, mas sem se prejudicar, começa uma jornada pelo certo e errado, pela mentalidade e moralidade deste homem, que precisa lidar com tudo isso e tentar entender se ele ainda é um homem bom ou se o que ele fez o torna um criminoso. Meu mano, que história boa, cara, é de um escritor, Jonathan A. Abrams, que literalmente tem dois trabalhos na vida: este roteiro e uma peça musical, mas eu já gostei desse cara, porque ele cria o tipo de discussão que o Clint Eastwood gosta de trabalhar e, bom, que negócio absurdo de bem feito em todos os sentidos.
É um filme de tribunal, então é óbvio que vem a influência de um grande clássico chamado "12 Homens e uma Sentença" (1957), uma obra prima de Sidney Lumet, um dos meus filmes favoritos, e bom, aqui é como se o Jonathan A. Abrams tivesse pegado essa história, desenvolvido mais, e jogado para as mãos do Clint, que faz ela do seu próprio jeito, trabalhando questões que ele gosta e quer discutir em suas obras. Basicamente é um longa que faz você se questionar sobre a moralidade, tanto a dos personagens quanto a sua. O que é o certo? E o que é o errado? Até que ponto algo acontece por acontecer ou ocorre porque a culpa é sua? Pois vemos este cara, aparentemente um homem pacato, sem muito o que questionar, mas descobrimos a cada segundo um pouco mais sobre ele e como ele se relaciona com a história que ele está julgando. Você pensa que ele pode estar alucinando e apenas a ansiedade estar falando por ele, mas a cada momento você nota mais caroço nesse angu, que ele realmente é culpado, mas que a culpa vem por ele estar bêbado, mas ele estar alcoolizado é uma quebra de sobriedade que ele tinha prometido para a esposa, mas é no mesmo dia que essa esposa perdeu os gêmeos o qual estava gerando. Nos é apresentada uma série de eventos que antecedem o acontecimento para termos certeza de estarmos julgando ele certo ou não, pois parece que o longa te manipula para causar esses questionamentos morais sobre o certo e o errado e o que seria de fato este caso que acompanhamos.
Este filme, como disse, tira muito do "12 Homens e uma Sentença", já já falo mais sobre essas semelhanças, mas ele também é muito parecido, pelo menos na questão de direção, com "Anatomia de uma Queda" (2023), um filmaço da temporada passada, que ficou no meu top 5, mas que não é uma inspiração, até porque o da Justine Triet foi exibido pela primeira vez enquanto este ainda estava sendo gravado, mas que a vibe é semelhante, esse maniqueísmo causado pelos diretores para com que você fique imerso no caso e tentando achar respostas. Claro que lá é mais um case de julgamento mesmo, de tentar descobrir o que aconteceu, aqui você sabe o que aconteceu e vai vendo se aquilo que o protagonista faz tem fundamento ou não. Esse trabalho do Clint remete muito a toda sua carreira, pois ele constrói personagens em áreas cinzentas, ele faz nós questionarmos, faz eles próprios se questionarem dentro do longa, faz com que até quem esteja do lado bom fique martelando para perceber se está fazendo o correto ou não. Não existe preto no branco com ele, isso é admirável, pois não só o Justin, como todo personagem por aqui, tem seu lado bom e seu lado ruim sendo misturado que nem um leite com achocolatado, criando assim um ser humano, pois ninguém é livre de erros, assim como nem todo mundo que erra nunca vai acertar. Podem existir heróis e vilões, mas ninguém é 100% herói, ninguém é 100% vilão, essa é a discussão que perdura o longa, que já que o tal Jurado N°2 na verdade é o criminoso, mas é um cara pacato que vai tornar-se pai de família, enquanto o réu é inocente, mas ele é um cara agressivo, abusivo e com histórico de participação em gangues. É tudo sobre o cinza.
Esse lado dúbio sobre o que é real e mentira, até onde é teoria e até onde é plausível, até quando algo ruim te torna necessariamente ruim ou até quando uma inocência lhe torna bom, é intrínseco do longa. Durante ele todo vamos acompanhando se o Justin vai escapar da verdade ou se a realidade vai vir até ele, criando um pensamento se a verdade e a justiça são realmente sinônimos. Como disse, esse julgamento vai dependendo das informações que você recebe do longa, pois ele atropelou uma moça, mas depois tem o contexto do que ocorreu com ele, tem a questão que não foi proposital, que ele nem viu que era uma mulher que ele tinha batido, mas tem a questão do que é certo perante a lei e se as leis realmente são justas com quem vive perante a sociedade, se a sociedade é justa com quem vive perante a lei. Essa última parte é demonstrada com excelência através de todo o arco do júri, pois é ali que vemos como as pessoas são ignorantes e como o sistema de justiça é falho de alguma forma. É aí que entra a referência de "12 Homens [...]", porque todos ali querem um veredito rapidamente definido, querem terminar de uma vez para ir logo para casa, mas vem nosso protagonista com argumentos plausíveis, uma visão diferente, tentando trazer um pouco de plausibilidade para o caso, assim, gerando uma trama encima disso. Claro que o Kemp não tem atitudes tão brilhantes quanto o Henry Fonda teve lá no clássico, mas ainda sim ele consegue criar essa aura de que nem tudo é o que parece. Mas é ali que percebemos essas brechas e como algumas vezes as pessoas podem ser injustas, já que eu pesquisei, e a maneira de seleção para um júri é ridícula, literalmente é só ter mais de 18 anos, documentação em dia e ficha limpa que você pode ser chamado a qualquer segundo para ser um participante, e vemos que a maioria não quer estar lá.
Sendo doze membros do júri, obviamente nem todos são desenvolvidos, até porque o longa se chama Jurado N°2, então é ele o foco, mas a gente consegue perceber que isso de júri na realidade é uma grande bagunça e que a maioria não quer estar ali. Muitos deles tem uma motivação plausível para não querer estar por ali, tem uma moça que quer ir para casa cuidar de seus três filhos, tudo que ela quer é que acabe o mais rápido que der. Outra que tem marido e que precisa trabalhar, o outro que é divorciado e tem uma filha que ele mal consegue ver e que ele sente que está desperdiçando mais tempo estando ali contra sua vontade. Isso que é legal de ser mostrado, de ver como as pessoas são colocadas numa situação de definição de vida para outras pessoas, mas que nenhuma delas se importa, como a ignorância e o egoísmo às vezes são bênçãos. Tem uns ali que só são ignorantes mesmo, tem um cabeludo com cara de doninha que com certeza fuma um verde, que ele nem liga, só fica ali lançando frases enfadonhas de jovem engraçadão da turma. Existem também outros jovens, aqueles de Twitter, que fingem se importar, mas na verdade o que eles querem é o que melhor convém para sua cabeça, não para o que é o correto, assumindo pré-julgamentos e tentando achar brechas para pôr o que eles pensam acima de qualquer coisa.
O único jurado mesmo que tem alguma espécie de desenvolvimento é o Marcus, interpretado por Cedric Yarbough, que este sim é bem parcial em relação ao caso, mas existe uma plausibilidade em seu posicionamento, pois ele explica que o réu tem uma tatuagem de gangue, cujo o irmão dele participou, e morreu por conta disso aos 16 anos. Então, não dá para dizer que ele não tem motivos para jamais mudar seu voto, porque é um caso que ele leva para o pessoal, ainda mais com seu emprego que envolve evitar que jovens se envolvam com esse tipo de coisa. A atuação desse maluco é boa também, ele consegue trazer esse lado mais pé no chão para a discussão, de um cara que sabe a realidade por outro viés e traz isso para a mesa, ele tem ótimas cenas e faz um ótimo contraponto. Aproveitar já e falar sobre o réu, interpretado por Gabriel Basso, que é um ator que eu considero horrível, esteve presente em dois dos piores filmes que eu vi nos últimos anos, mas aqui ele manda bem, ele faz um cara que você sabe que é inocente neste caso, mas não no geral, que é um maluco abusivo, que tinha um relacionamento tóxico, mas que não cometeu este crime. No entanto, como tudo é cinzento, dá para perceber que ele é um babaca, que se ele não fosse preso por feminicídio, provavelmente seria por alguma outra coisa. Você sente pena dele por estar indo preso em perpétua por algo que ele não cometeu, mas você não sente tanto ao ver outras atitudes que ele tem.
É essa a discussão final que o filme passa: "a justiça não é exatamente a verdade". Pois, Justin, sendo o culpado, acaba que iria preso por homicídio doloso, ou por dirigir embriagado, ou pelos dois, sendo que ele é um cara pacato, marido, pai com um recém-nascido para criar, ele tem uma vida pela frente, enquanto o outro é um cara que foi envolvido com coisas perigosas, não tratava tão bem assim a namorada, vivia em um relacionamento tóxico, ele faria alguma outra coisa que o prejudicaria hora ou outra. É isso que é maravilhoso aqui, o filme cria questões, não respostas, que fazem você duvidar, reavaliar e refletir sobre seus conceitos pessoais, suas crenças e sobre o que é justo ou não. Particularmente, neste texto não estou interessado em achar respostas sobre o longa, porque não é para isso que ele foi feito, ele existe para viver na sua cabeça, o tratamento da arte como discussão, acaba que isso vai morando dentro de você e constrói dilemas morais válidos, eu tenho opiniões sobre o que deveria acontecer, mas isso não vem ao caso, pois ser dúbio é o que o torna um longa especial. O final é mais um exemplo disso, já que eu fiquei meio irritado quando terminou, pois terminar em aberto me deu uma agonia, já que é tão bem dirigido, tão imersivo, que eu fiquei chateado de ter terminado, eu poderia ver esse filme o dia inteiro, a última vez que eu senti uma sensação assim foi com "Pobres Criaturas", e aí acabar do nada me incomodou. Mas aí, depois de esfriar a cabeça e refletir, não tinha final que definisse melhor o que é esta obra do que o que tivemos.
Outra coisa que define bem o que é o longa é a atuação do Nicholas Hoult, novamente em um papel excepcional. Cara, eu falei dele recentemente no "Nosferatu" e que a atuação dele de medo, de tensão, era um grande primor, vendo aqui, acho que estamos diante de um dos grandes medrosos da história do cinema, porque ninguém passa melhor o sentimento de cagaço do que ele. Óbvio que não é só o medo, ele traz a culpa, o questionamento, a expressão facial dele é muito boa, pois vemos que ele tenta parecer neutro, mas que ele tá se tremendo por dentro de que alguém saiba a verdade, ou que ele não seja uma pessoa verdadeiramente tão boa quanto ele pensa que é ou tenta ser. Quanto mais você descobre sobre o personagem, mais você fica interessado no desenrolar dele e como cada coisinha deixa seu lado mais complexo, mas também mais factível, tem toda a questão dele ser um ex-alcoólatra, um pai que perdeu os filhos antes de nascerem, ele tendo uma recaída, num dia de chuva e nisso gerando o caso, você percebe que ele tem uma culpa, mas entende o lado dele. Agora, ele tem decisões meio canalhas que fazem com que você torça para ele se ferrar, especialmente a mudança do seu voto e as mentiras que ele conta à sua esposa. Esse cara é o Neymar do cinema, mentiu até para a mulher grávida. Ele não é lá dos protagonistas mais adoráveis, mas é uma das grandes atuações da temporada.
Acaba que ser assim afeta a relação de Justin com sua esposa Allison, interpretada por Zoey Deutch. É aí que eu acho que mora o erro do longa, porque eu achei que poderia ter mais dessa relação. Basicamente, é apenas um estopim dele para entendermos um pouco do seu passado, mas essa atriz é muito fraca, os dois não tem química e a retratação dela torna-a apenas uma esposa que o cara conversa de vez em quando para ter noção de seus atos, acho que poderia ter tido um melhor desenvolvimento, a melhor cena dela não é nem com ele, é com a Toni Collette. Mas, eu gostei das pequenas participações do J. K. Simmons e do Kiefer Sutherland. Simmons faz um dos jurados, um policial aposentado que busca coerência e justiça, ele aparece bem pouco, mas a participação dele é fundamental para impactar no arco tanto do Kemp quanto da advogada, ele tem bons momentos, ele passa um ar de gente boa. Já o Sutherland faz o líder do AA que Kemp participa, que, coincidentemente, é advogado, então é ele que ajuda o protagonista a ter noção dos seus atos e do que ele realmente fez, ele que aquieta o facho, e ele que faz um papel sútil, mas útil, de explicar termos e questões judiciarias e o que poderia acontecer com verossimilhança num caso como estes, foi uma maneira muito inteligente de colocar exposição sem ser expositivo. Sem contar que a melhor frase do longa vem dele: "Nós somos tão doentes quanto nossos segredos".
Nessa questão de moralidade, também tem que se destacar os advogados do caso, interpretados pelo Chris Messina (advogado de defesa) e Toni Collette (advogada de acusação). Os dois são relacionados, foram colegas de classe, e vemos os dois numa relação de "aminimizade" entre eles, pois eles estão em lados opostos, mas se respeitam, ao mesmo tempo que o Messina faz o papel de jogar na cara da Collette que ela está se tornando alguém diferente de quem ela é, pois agora ela está em candidatura política, defendendo um caso que ela se prontificou a lutar contra, que estaria decepcionando seu professor, e a Faith, a personagem dela, é a principal personagem secundária do longa, tem muito disso, de se questionar se ela realmente está fazendo o certo quanto ao que ela acreditava. O Messina é muito bom, ele tem esse lado de acreditar no cara, de tentar entrar na mente dela para ela se sentir culpada, ele convence quando ele traz essa relação à tona, esse choque de realidade nela, esse cara é muito bom, acho que já dá para ser considerado o melhor ator terciário de todos os tempos. E a Toni Collette é uma das melhores coadjuvantes da temporada, ela entrega bem essa certeza, que aos poucos se torna dúvida, até ao final se tornar culpa. Ela tem uma atuação bem sútil, onde só na face dela vemos como esse semblante vai se modificando conforme suas descobertas quanto ao caso.
Na parte técnica, é necessário destacar a fotografia, que é bem escura, não ao ponto de você não ver nada, mas que começa num tom mais claro e vai se diminuindo conforme a visão de Justin sobre ele estar envolvido vai se solidificando, como se fosse um lado sombrio dele tomando conta, além de muitas vezes a câmera mudar o foco, acompanhar os personagens, especialmente nos flashbacks, onde vai mostrando o caso e a visão de Kemp no dia. É aí que eu queria chegar: montagem, porque é um trabalho sensacional, onde vemos o encaixe praticamente perfeito de flashbacks com o presente, onde é bem encaixado enquanto as histórias vão sendo narradas, especialmente na cena que ele percebe que o caso tem a ver com ele, como vão se mesclando cenas do passado e da atualidade de uma forma entendível, sem ser expositiva e que dá para entender perfeitamente o que acontece e o como aconteceu sem precisar ser gráfico. Tem uns jogos de edição muito bem colocados também, uns fades, algo que remeta a um cinema mais clássico. Se esse filme fosse lançado em 1996 seria considerado um clássico hoje em dia, espero que em 2056 este seja lembrado assim, do jeito que merece.
Encerro dizendo que "Jurado N°2" é um estilo de cinema puro e clássico, onde cria uma história interessante, uma trama envolvente, uma imersão absurda, um trabalho de direção espetacular do Clint onde nos apresenta dilemas morais e éticos que vivem dentro de sua cabeça por um tempo depois de assistir ao filme. É tão bom, tão envolvente, que eu facilmente veria esse filme por um dia inteiro sem reclamar, ele é tão maravilhoso que traz essa sensação de pertencimento naquele universo. Uma das melhores atuações da temporada por parte do Nicholas Hoult, uma das melhores coadjuvantes por parte da Toni Collette, sem contar ótimas participações de Chris Messina, Gabriel Basso, Kiefer Sutherland e J. K. Simmons. Ainda com uma excelente fotografia, um trabalho sensacional de edição, uma trilha sonora sútil que te envolve, temos um dos melhores filmes da temporada, mostrando que panela velha é que faz comida boa, mostrando que, mesmo aos 94 anos, Clint Eastwood ainda tem lenha para queimar. Pode ser este o seu último filme? Pode, ele já está muito velho, mas, olha, se bobear, acho que ainda pode vir mais um por aí, já que ele já declarou: "Farei filmes até eu morrer, não tenho mais nada para fazer".
Nota - 9,5/10