Crítica - Frankenstein (2025)

A visão de Guillermo Del Toro sobre um clássico, realizando um sonho da cinefilia.

Um dos meus diretores favoritos, Guillermo Del Toro é simplesmente um gênio da sétima arte. Claro, posso estar fazendo uma hipérbole, já que gosto muito dele tanto como artista quanto como pessoa, tenho uma identificação muito grande com ele, um cara que veio das histórias das quadrinhos, nerd igual a mim, começou a carreira trabalhando com Blade, com Hellboy,ea estava trabalhando em um filme da Liga da Justiça Sombria. Foi o cara que criou "O Labirinto do Fauno", criou "Círculo de Fogo", um autor com uma visão muito única para suas histórias e suas adaptações, ele tem um olhar muito especial para cada história que vai contar. Del Toro atualmente está na vibe de recontar histórias antigas através de sua interpretação de cada uma delas. Começou entregando "O Beco do Pesadelo" (2021), que é um remake de "O Beco das Almas Perdidas" (1947), cujo eu não assisti, mas o do Del Toro é muito bom, eu gostei bastante, é bem interessante, apesar de não ser um dos seus melhores. Na sequência ele entregou "Pinóquio por Guillermo Del Toro" (2022), que é um absurdo de filme, um dos melhores do ano em que lançou, talvez a melhor animação da década até agora, a que eu mais gostei lembrando aqui de cabeça, que é uma obra que ele trabalhou nela desde 2009 e valeu a pena, inclusive um salve para o saudoso Mark Gustafson que é o co-diretor do filme e nos deixou ano passado, que descanse em paz. E agora, na sequência, ele entrega a sua versão de "Frankenstein", o clássico romance de Mary Shelley, adaptado inúmeras vezes. Mas, meu irmão, nada se compara ao grande Guillermo Del Toro fazendo o próprio Frankenstein, adaptando o romance à sua visão, e minha expectativa estava lá no teto, pois o estilo dele de direção e storytelling combina perfeitamente com a vibe da história original. Mas, será que cumpriu as expectativas ou ficou no quase?

No Século XIV, acompanhamos o Dr. Victor Frankenstein (Oscar Isaac), um arrogante e ambioso cirurgião, viciado em anatomia, que decide criar seu próprio ser humano, em um experimento ousado e revolucionário. No entanto, o experimento acaba se dando de uma forma monstruosa, assim, surgindo o chamado Monstro de Frankenstein, ou a Criatura (Jacob Elordi). Enquanto a Criatura começa a olhar o mundo e tentar enxergar uma beleza na vida, Victor tenta o tratar como um filho, mas acontece que seu ego e sua tentativa de experimento levam tanto ele quanto sua criação às ruínas, transformando o que deveria ser perfeito, em uma relação tóxica de ambos os lados. Vamos lá, existem diversas versões de Frankenstein, desde o livro clássico da Mary Shelley, que já foi adaptado uma dezena de vezes para os cinemas, já teve a versão clássica da Universal com "Frankenstein" (1931), de James Whale, com a continuação "A Noiva de Frankenstein" (1935); teve também a versão dos anos 90, "Frankenstein de Mary Shelley" (1994), de Kenneth Branagh, com o mesmo interpretando o doutor. Uma obra que já reinterpretada diversas vezes, como em "Edward Mãos de Tesoura" (1990), de Tim Burton e o recente e sensacional "Pobres Criaturas" (2023), de Yorgos Lanthimos. Já foi adaptada na Espanha, no México, na Itália, na França, no Japão, até no Brasil, tem até um episódio da Turma da Mônica que reconta a história do Frankenstein. Todo mundo já está careca de saber pelo menos o cerne da história, do cientista que brinca de Deus e cria algo que seria tratado como um monstro. O que diferencia esta versão aqui das demais? Guillermo Del Toro, a resposta.

Qual a principal lição, a principal discussão que essa história traz? Acho que tem duas que dividem esse holofote. A primeira é a moral científica, do Homem brincando de ser Deus e sofrendo as consequências de seus atos, que era a mensagem que Mary Shelley queria passar em primeiro lugar, sobre como o Homem tenta manipular tudo e todos a sua volta. Mas, a segunda, na camada mais de baixo, é que é uma história sobre paternidade, falando da relação entre o Dr. Frankenstein e a Criatura. Del Toro opta por dar mais destaque a segunda parte, buscando mais o conflito emocional e menos lição de moral sobre ciência, e que acaba por ser o grande acerto do meu mano Guillermo. Ele dá sua própria visão à história, era óbvio que ele não ia simplesmente pegar o livro e adaptar página por página, ele pega e com a base original decide dar sua interpretação, criar diferentes nuances, dar mais profundidades a coisas que ele considera mais oportunas para a história que ele quer contar e a mensagem que ele quer passar. É semelhante ao que ele fez com "Pinóquio por Guillermo Del Toro", ele conta a história usando a base do original, mas muda muita coisa para se adequar ao tipo de mensagens que ele quer transportar para o espectador. Inclusive, ambas são histórias muito parecidas dentro da visão do Del Toro, já que, para ele, são ambas tramas sobre pai e filho, criador e criação, vida e morte, temas similares, mas contados de duas formas opostas, provando a versatilidade do diretor.

Del Toro conta a história dividida em duas partes: o conto do criador e o conto da criatura. No documentário making of do filme, Oscar Isaac diz a frase que Del Toro lhe disse ao oferecê-lo o papel de Victor: "o bem e o mal são dois lados da mesma moeda, que estão em constante alternação". Essa frase dele é a definição perfeita do que ele queria para o longa, já que seria muito fácil chegar no final e colocar a Criatura em um modo completamente monstruoso sendo a grande figura antagônica da trama, ou também seria muito fácil colocar o Dr. como alguém totalmente desprezível, que você não consegue entender o que o deixa daquele jeito obsessivo e arrogante que vai dominando sua personalidade cada vez mais a cada cena. Nada aqui é abrupto, existem motivos e existem nuances em tudo que Del Toro quer contar, há uma calma e uma atenção aos detalhes admirável por parte do diretor em construir essas duas personas, onde claramente você gosta mais de uma do que de outra, mas o entendimento de cada um dos lados é possível. Muitos dizem que Frankenstein não é o nome do monstro, mas quem disse que o verdadeiro monstro é a Criatura? A subversão de expectativa é o grande ponto alto da narrativa, onde aqui há o horror no comum, e a beleza no diferente.

É uma história sobre pai e filho, como eu falhei, mas isso não se limita apenas a Victor e sua criação, isso começa com o próprio Victor e a relação com os seus pais. Victor foi criado num lar rígido, onde seu pai, Leopold (Charles Dance), era um médico escroto, negligente, um pai burocrático que cobrava a perfeição de seu filho, mas que este encontrava luz no meio dessas sombras em sua mãe, Claire (Mia Goth), que era sua guia, sua única alegria em meio a um período conturbado. Quando sua mãe morre e sobram apenas ele, seu pai, e seu irmão William (Felix Kammerer), Victor perde todo o lado lúdico e descontraído que tinha em sua vida e torna-se uma nova versão de seu pai, absolutamente obcecado por medicina, ciência, anatomia e o corpo humano. É irônico que seu vício na busca por um humano perfeito foi o que tirou sua humanidade. Esta que ele só recupera quando conhece a noiva de seu irmão, Elizabeth, que também é interpretada pela Mia Goth. Esse subtexto dele se apaixonar por alguém que é, bem, idêntica à sua mãe, abre diversas interpretações, mas para mim, a mais clara, é que ele reconhece nela a luz que ele não via desde que era criança. Entretanto, a relação com seu pai é a que mais define o que é este personagem pelo resto da trama, com ele repetindo os mesmos erros com sua criação. Nessa versão do Del Toro, não dá para dizer que Victor não tentou ser um pai para a Criatura, ele tentou, mas falhou miseravelmente desde o início, quase como se fosse um pai solteiro de um filho não planejado, ele é negligente, burocrático e escroto, assim como Leopold foi com ele. 

Os créditos devem ser feitos não só ao Del Toro, mas também ao Oscar Isaac pela interpretação sensacional que ele faz do Doutor. Simplesmente ele conseguiu criar um dos personagens mais detestáveis do ano com maestria. Cara, começa que ele por natureza não é alguém que você deveria odiar, nós vemos toda a história dele desde o início, o que ele passou na infância, os traumas que lhe assolaram desde pequeno, mas quando ele cresce e vira um cientista obsessivo, totalmente egocêntrico, um talarico que fica dando ideia na noiva do próprio irmão, fica difícil gostar dele, mas você até que compra o personagem devido ao carisma que Isaac passa, a sagacidade que ele tem no papel. Mas, depois, a cada segundo que passa, ele torna-se cada vez mais obcecado dentro daquilo que ele tentou não ser, ele vira o pai dele, ele torna-se desprezível. Isaac é praticamente perfeito em demonstrar estas diversas facetas do seu personagem, já que ele consegue ser entendível, mas ao mesmo tempo, incompreensível, você entende o porquê das ambições dele, o porquê dele querer se provar, mas não o que ele faz após isso. Ele tem atitudes questionáveis durante toda a sua aparição, Oscar consegue entregar um egoísmo e um narcisismo muito bem trabalhado, e fazendo-nos se questionar: quem é o monstro mesmo?

Mas, apesar de Oscar Isaac ser já um absurdo, sensacional em sua atuação, quem rouba todo o filme é a Criatura, com sua interpretação fenomenal de Jacob Elordi. Primeiro falar sobre a construção de personagem, que é um espetáculo, de uma sensibilidade com o diferente que só o Del Toro tem. Toda a construção dele, começando com ele sendo uma criatura inocente e frágil, quase um prisioneiro, maltratado pelo seu pai, mas que gostava dele por ser a única coisa que ele sabia que tinha no mundo, não à toa ele demora para aprender outra palavra a não ser Victor. Após ele conseguir uma espécie de liberdade de seu criador, vemos ele descobrindo o mundo, a ingenuidade que ele tem em tudo, o fascínio, a relação que ele tem com a natureza, com os animais, como ele próprio se sente quase um animal e a identificação que isso lhe traz. A maneira como ele vai se descobrindo e vai entendendo o que ele realmente é aos poucos, entendendo o que é a vida, mas não dá para saber nada sobre a vida sem saber sobre a morte. Quando ele descreve a morte, é um sentimento que ele gostaria de sentir: a paz, mas que ele nunca vai conseguir, já que ele sendo visto como uma abominação, acaba que ele não pode morrer, mas também não consegue viver. Existe uma passagem onde ele faz amizade com um velhinho cego, interpretado por David Bradley, que é uma parte muito breve do longa, é pequena, mas o impacto que ela tem é imprescindível, a maneira sincera e singela na qual o Del Toro constrói essa relação é fascinante, é tão bonita, causa tanto impacto, que me deixou com um sorriso no rosto. Ele é quase como se fosse um adolescente nessa versão, que nem disse o próprio Del Toro, ele está descobrindo a vida enquanto se questiona qual o papel dele nela, porque que ele está vivo, existe a rebeldia contra o pai, essa visão é toda muito interessante.

A atuação em si do Jacob Elordi é absolutamente perfeita, é inacreditável que ele teve apenas nove dias para se preparar para o papel. Quem iria interpretar a criatura originalmente seria o Andrew Garfield, que deixou a produção por conflitos de agenda, e que também é um ator muito melhor que o Elordi. Porém, o que Elordi entregou aqui, eu duvido que o Andrew Garfield conseguiria, esse papel não é a dele, enquanto no Jacob caiu como uma luva. Primeiro que ele é altão naturalmente, tem quase dois metros de altura, ele é ectomorfo, teve que fazer um baita corte de peso para se encaixar no papel fisicamente, então nesse quesito ele já combinou mais. A entrega física dele, não só nesse sentido de perder peso, mas a maneira que ele se porta, os trejeitos quase animalescos nesse início, como se fosse um bichinho indefeso, é muito bom, como ele demonstra essa insegurança, esse medo do Victor, ao mesmo tempo que ele tem uma admiração por seu criador, ele intercala o fascínio com o pavor de um jeito muito natural. Em sequência, após sua fuga, ele se torna a coisa mais bonitinha e adorável do mundo, como eu falei, a interação que ele tem com a natureza, com os animais, com o senhorzinho cego, você acaba sorrindo assistindo ele descobrindo as coisas, tentando entender o que é a vida. E quando precisa ser amedrontador, ele é também, já que ele tem esse porte alto, imponente, uma voz grossa para cacete, então o ator transita muito naturalmente entre a beleza e a inocência do que ele é em sua forma mais pura, com ele sendo essa versão monstruosa e deturpada do que ele realmente é ou quer ser.

As maiores mudanças que Del Toro traz são em relação aos outros personagens, criando alguns, tirando a importância de outros, dando ainda mais importância para outrem. Um dos exemplos é Elizabeth, que na história original é chamada de Elizabeth Lavenza, que era a noiva de Victor, aqui Del Toro muda e a coloca como Elizabeth Harlander, noiva de William. Vou ser honesto, acho que não funcionou tão bem quanto deveria, eu não gostei da escalação da Mia Goth para esse papel, particularmente não gosto muito dela, mas não combinou mesmo na minha visão, acho que ela não tem química com nenhum dos três que ela faz par romântico durante a história. Harlander por conta de que vem da família Harlander, sendo sobrinha de Henrich Harlander, personagem original interpretado por Christoph Waltz, que é um ricasso que se fascina e decide investir no projeto de Frankenstein, e esse personagem tem pouca aparição, mas ele tem um dilema muito interessante, já que ele é quase uma figura antagônica ao mesmo tempo que é a vítima, ele quer que seu cérebro seja o cérebro da Criatura, ele tem esse drama, pois está com sífilis e quer arrumar um jeito de viver para sempre, é uma visão muito interessante. Del Toro também expande o personagem de William Frankenstein, aqui interpretado por Felix Kammerer, ele mesmo lá de "Nada de Novo no Front" (2022), o ator mais passageiro dá agonia que existe, porque já viu todo o tipo de desgraça possível na guerra e agora vê a mulher dele querendo dar mais para o irmão dele e para a criatura do que para ele. No livro original, William era apenas uma criança, não tinha desenvolvimento, Del Toro pegou e expandiu esse personagem, deu a ele um drama, um arco, pois ele nunca teve pais e só quer sentir um amor familiar através de seu irmão, e vai se desiludindo aos poucos com isso.

Agora, apesar de eu ter gostado bastante, quem não gostar, eu entendo totalmente, pois é um filme que tem alguns problemas que me pegaram, eu acho até que tem coisas que eu elogiei que talvez tenha gente que não goste, mas tem coisas que eu considerei indefensáveis por aqui. A primeira coisa é que tem diálogos em que explicam demais o filme e eu tenho um pequeno pressentimento de que foi a Netflix a responsável por isso, porque lembra que em alguns parágrafos atrás eu questionei quem era o verdadeiro monstro? Então, o longa responde isso, e me deu um sentimento ruim nessa cena, porque não precisava, parece que tava explicando para os burros, era para ser um momento impactante, mas a simples frase "você é o verdadeiro monstro", me tirou completamente do filme naquele momento. Tem outras duas cenas que isso acontece, eu não vou citar quais, mas quem viu o filme vai entender, que é quando eles tentam emplacar alguma frase de efeito e acaba soando autodidática, isso é um problema, mas se safa porque são poucas vezes, duas, três, se der uma forçada quatro. Outro problema é a relação entre Elizabeth e a Criatura, já que eu disse que a Mia Goth não tem química com nenhum dos três pares dela, mas o que ela mais tem é o Jacob Elordi, só que não chega a ser um casal propriamente bom pois o desenvolvimento dessa relação é muito apressado e acaba soando raso, você não compra o porquê do fascínio mútuo que eles tem um com o outro, acaba que erra nesse ponto. E falando em velocidade, se isso é rushado, acho que outro defeito é que tem uma barriguinha, demora um pouco para a trama engrenar, ali aquele início do Victor contando sua história tem bastante enrolação, mas quando engrena, é dali para cima até o fim.

No documentário do making of, é dito que Del Toro não acredita que seus filmes funcionem sem o que ele chama de "os quatro pés da mesa": design de produção, maquiagem e cabelo, figurino e fotografia. Que, no final, tudo acaba se encaixando no termo "direção de arte". Acho que isso define bem a parte técnica do longa, já que é o que vemos sendo bem construído em todas as histórias que Del Toro contou até hoje. Ele quer dar esse tom de um épico gótico e acaba funcionando perfeitamente. Fica aqui novamente a recomendação para assistirem o documentário dos bastidores, pois é realmente fascinante ver a equipe do filme trabalhando e ver o processo de produção de cada departamento. O figurino desse filme é sensacional, pois recria aquela época com um tom moderno, os visuais são antigos, mas tem um pezinho na modernidade, os visuais de Victor são inspirados no Mick Jagger, para se ter uma noção. Os vestidos da Elizabeth também são fascinantes, as ideias que eles tiveram são muito criativas e funciona muito bem em tela. O mesmo serve para os cenários, a decoração dos sets, a construção dos locais, especialmente o barco e a casa que vira o laboratório, é grandioso. A maquiagem é muito interessante, muito bem feita. De início achei estranho quando vi o visual da Criatura pela primeira vez, pois achei que estava bonito demais para um monstro do Frankenstein, mas entendi a ideia e era para ser "bonito" mesmo, para mostrar que existe beleza naquilo que é mais esquisito. O conceito é muito bom dele ser feito literalmente de pedaços, restos de soldados mortos na Guerra da Criméia, ele é uma concha de retalhos, como eles demonstram isso com aqueles diferentes tons na pele, as cicatrizes entre estes, é muito bom, o olho também que muda a tonalidade dependendo da luz após um tiro que ele toma, é um detalhe muito bem feito. Única coisa que eu achei que poderia ter sido melhor é o cabelo, que claramente é peruca, o resto é ótimo.

Apesar de ficar aquém das expectativas, não me decepcionou, mas é claro que a junção de uma história como "Frankenstein" a um diretor como Guillermo Del Toro, eu estava esperando que viesse um 10/10. Não chega lá, mas ainda sim funciona muito bem. É um épico gótico muito bem construído visualmente, onde o visual conta uma parte da história, incluindo o visual dos próprios personagens, toda a questão técnica de figurino, cenografia, cinematografia, direção de arte, maquiagem, cabelo, é tudo bem colocado junto nessa construção impressionante que o diretor traz para contar a história. Del Toro acerta na sensibilidade da história, ele não reinventa a roda do Frankenstein, ele faz um básico com algumas alterações e dá muito certo, as mudanças que ele faz eu acho que são muito boas, que realmente agregam à história, especialmente envolvendo a relação do Victor com o irmão dele. É um tom muito mais emotivo, que foca no que é mais pessoal, foca na conturbada relação de pai e filho, e no final é isso, a Criatura é um adolescente confuso com crises existenciais desesperado pela atenção de um pai solteiro que não o planejou, e também é um filme sobre vida e morte, pois não dá para falar sobre a vida, sem falar sobre a morte. Como disse, este e "Pinóquio" conversam muito entre eles na filmografia do Guillermo, o Pinóquio é muito melhor, não vou mentir, mas esse aqui também é muito bom, apesar dos pesares, que são mais do que esperava, eu ainda gostei bastante, o filme me impactou.

Nota - 8,0/10

Postagens mais visitadas